Cavaquinho.

12/12/2012 20:23

 

Cavaquinho: o trovador do samba

 

 

Entre os tantos instrumentos que compõem o universo do samba, o cavaquinho é um dos mais característicos e antigos. Não se tem ao menos uma data descoberta sobre a criação deste instrumento. Mas sabe-se que ele nasceu na ilha da madeira, em Portugal e, de lá, foi para o Havai, Açores, Indonésia, além de fincar as tarrachas no Brasil.

Com a chegada do ‘pequeno’, um novo estilo surgiu: O choro. Clássico e de som agudo, o cavaquinho se fortaleceu sustentando a base da harmonia, nas mãos de mestres como Waldir Azevedo e Garoto.  Daí, para chegar ao estrelato, foi um pulo.

Naquela época, meados de 1870, no Rio de Janeiro, a música urbana brasileira  ainda não conhecia a tecnologia de gravar canções (A primeira obra que se tem notícia foi o lundu do cantor Bahiano, ‘Isto é bom’, em 1902) e o único meio de ouvir os músicos, era indo aos salões, onde Pixinguinha e os Batutas apresentavam o choro para alta classe carioca.

Enfim, depois deste pequeno histórico, o cavaquinho, em plena forma, viu o choro ceder espaço para o maxixe e posteriormente para o samba. Com novo estilo, mudou-se a forma de tocar e o papel do instrumento frente à melodia. De acompanhante, o cavaquinho passou a ser protagonista. 

Agora, ele é a base, é solista e, mais recentemente, é tido como status em bandas de pagode. É isso mesmo! Depois de viver quase dois séculos, o cavaquinho é tocado, também, por pessoas que somente o veem como principal instrumento de uma banda. Os famosos ‘estrelas’ que querem se destacar de alguma forma em relação aos colegas de um grupo. O que acontece com eles? Largam o instrumento em pouco tempo e recolhem-se à grandiosidade do ’pequeno’ gigante.

 

Fonte:

https://sambaemsol.wordpress.com/2009/10/01/cavaquinho-o-trovador-do-samba/